Um dia comum, mais um dia na
semana, que se passaria como qualquer outro, e eu estava ali, tomando café com
a única pessoa que acorda todos os dias para me preparar a marmita, fazer o
café do jeitinho que eu gosto e com direito a pão torrado no fogão com queijo,
minha mãe.
Em um desses momentos eu parei e
pensei “como podemos amar algumas pessoas de uma maneira tão incondicional,
forte, verdadeira, e a ponto de não imaginarmos o tamanho desse amor?”
Vejo um mundo cada vez mais
carente, mais necessitado que alguém o ame, que lhe faça um carinho, um afago e
que lhe elogie, mesmo que esse “amor” não seja verdadeiro, forte e
incondicional, mas que ele lhe supra as necessidades momentâneas, a carência.
E, às vezes penso, esta faltando
um tipo de amor cada vez mais escasso no, o tal do “amor próprio”.
É como se nós necessitássemos de
atenção 24 horas, de palavras doces, mas não sinceras, o dia todo, o mês todo.
Será isso o que chamamos de viver? De amar?
E, tomo a liberdade de voar nos
meus pensamentos e imaginar um futuro-não-tão-distante, onde compraríamos em
máquinas, iguais aquelas de parques de diversões, um robô/homem/mulher, que nos
acompanhasse por tantos minutos/horas/dias/anos e por um valor previamente pago
e assim ele/ela/aquilo, nos elogiaria, fingiria que nos amava do jeitinho que
somos pelo tempo que quiséssemos e quando enjoássemos, era só descartar no
ponto mais próximo.
Será que é isso que realmente
importa? Estamos tão carentes assim? Nossa companhia não nos basta mais?
Eu não quero isso.
Quero poder ensinar a meus filhos
o verdadeiro significado da palavra amor. O amor conquistado, cultivado e
preservado. O amor da mãe pelos filhos, que supera dificuldades, adversidades e
problemas diários e mesmo assim levanta cedo para fazer o tão gostoso pão no
fogão com queijo. O amor que cresce e floresce com as futuras gerações, que
aumenta com a família e duplica com os
amigos.
Eu te peço, pense que essa vida
corre meu amigo, e um dia você será velhinho (a) e dará tudo por uma boa
conversa com a pessoa que esteve do seu lado o tempo todo, um abraço apertado
de um neto e uma visita inesperada de seu filho, portanto, cultive o amor, grão
por grão, dia a dia, porque eu lhe digo, com meus poucos anos de vida ainda, no
final irá valer a pena.
Kelly Ribeiro.
Kelly Ribeiro.
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