quinta-feira, 8 de maio de 2014

Saber amar.



Um dia comum, mais um dia na semana, que se passaria como qualquer outro, e eu estava ali, tomando café com a única pessoa que acorda todos os dias para me preparar a marmita, fazer o café do jeitinho que eu gosto e com direito a pão torrado no fogão com queijo, minha mãe.

Em um desses momentos eu parei e pensei “como podemos amar algumas pessoas de uma maneira tão incondicional, forte, verdadeira, e a ponto de não imaginarmos o tamanho desse amor?”

Vejo um mundo cada vez mais carente, mais necessitado que alguém o ame, que lhe faça um carinho, um afago e que lhe elogie, mesmo que esse “amor” não seja verdadeiro, forte e incondicional, mas que ele lhe supra as necessidades momentâneas, a carência.

E, às vezes penso, esta faltando um tipo de amor cada vez mais escasso no, o tal do “amor próprio”.

É como se nós necessitássemos de atenção 24 horas, de palavras doces, mas não sinceras, o dia todo, o mês todo. Será isso o que chamamos de viver? De amar?

E, tomo a liberdade de voar nos meus pensamentos e imaginar um futuro-não-tão-distante, onde compraríamos em máquinas, iguais aquelas de parques de diversões, um robô/homem/mulher, que nos acompanhasse por tantos minutos/horas/dias/anos e por um valor previamente pago e assim ele/ela/aquilo, nos elogiaria, fingiria que nos amava do jeitinho que somos pelo tempo que quiséssemos e quando enjoássemos, era só descartar no ponto mais próximo.

Será que é isso que realmente importa? Estamos tão carentes assim? Nossa companhia não nos basta mais?

Eu não quero isso.

Quero poder ensinar a meus filhos o verdadeiro significado da palavra amor. O amor conquistado, cultivado e preservado. O amor da mãe pelos filhos, que supera dificuldades, adversidades e problemas diários e mesmo assim levanta cedo para fazer o tão gostoso pão no fogão com queijo. O amor que cresce e floresce com as futuras gerações, que aumenta com a família e duplica  com os amigos.

Eu te peço, pense que essa vida corre meu amigo, e um dia você será velhinho (a) e dará tudo por uma boa conversa com a pessoa que esteve do seu lado o tempo todo, um abraço apertado de um neto e uma visita inesperada de seu filho, portanto, cultive o amor, grão por grão, dia a dia, porque eu lhe digo, com meus poucos anos de vida ainda, no final irá valer a pena.




Kelly Ribeiro.

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