quinta-feira, 8 de maio de 2014



Outro dia, sentada no trabalho, pensando em como a vida às vezes prega umas peças em nós, em quem nunca imaginaríamos, naquela pessoa que se dizia/parecia tão forte, potente e “superpoderosa” aos olhos dos outros, me peguei pensando em como somos fracos, errantes, um verdadeiro “saco de merda”.

Me peguei pensando em como uma pessoa que tem de tudo, carros, casas, fazendas, gados, filhos bem encaminhados, pode simplesmente perder “tudo”! E não digo de perder os bens materiais, ficar desempregado, ter que viver de favor e com umas esmolas por aí, mas sim perder o bem mais importante que cada ser humano busca desde o começo, desde que se conhece como gente, a tal da felicidade!

Felicidade de ter o prazer de desfrutar cada momento, cada dia, cada vitória e derrota. De ver o neto dar os primeiros passos e os olhos encherem de lágrimas, de ter uma conversa prazerosa com o esposo e assim esquecer de todos os problemas, de amar e respeitar a mesma pessoa todos os dias e isso ser a melhor coisa do mundo.

E, assim, fui tentando, lentamente e com o meu jeito ingênuo de ver o mundo e ainda estar aprendendo com ele, entender o porquê de tudo isso, como alguém poderia ter tudo aquilo que sempre buscou e mesmo assim se encontrar em tamanha infelicidade?

Escutei diversas opiniões, como: é depressão, stress, ansiedade, falta de tempo.. doenças modernas.

Mas vou dizer o que penso.
Acredito que acima de qualquer bem, de qualquer conquista, prêmio, compras, esteja faltando a nós, pobres mortais que se contenta com a aquisição de um sapato ou carro, um pouco mais de fé!

E não pense você que quando me refiro à fé estou falando de igrejas, templos ou religiões, mas sim no sentido literal da palavra: “confiança em alguém ou em alguma coisa”. Confiança que sozinho não somos nada, que um carro ou uma casa nova não vai suprir nossas necessidades, nossas expectativas. É como ouvimos desde pequenos “só damos valor até ter, depois se perde todo tesão na coisa” (ou mais ou menos isso).

E daí eu pensei: “como eu viveria sem ter fé? Sem acreditar de pés juntos que aquilo que está ruim vai melhorar? Sem pensar que tudo tem um propósito e que se ainda não deu certo é porque ainda não é hora, mas que no final vai valer a pena.”

Fé para acreditar nas pessoas e no melhor que elas podem oferecer. Fé para acreditar em um ser superior. Fé para acreditar em Deus.

E agora, tendo que voltar ao trabalho, eu só tenho a concluir que o bem mais precioso, caro e escasso do momento, é a fé. E quem a tem cultive-a bem, regue todos os dias, adube e veja se está crescendo com bastante força e bem enraizada, por que o que não falta são pedras, pedregulhos e rochas para impedir o seu crescimento.

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